Hugo Leite

Hugo Leite

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Belo Horizonte, Minas Gerais, Brazil

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Para fugir da mesmice, câmeras adotam redes sociais e até GPS




Equipamentos ganham telas sensíveis ao toque e display para autorretrato.
Fabricantes também apostam na resistência a quedas e outros recursos.

Gabriel dos Anjos Do G1, no Rio
Bastante populares, as câmeras digitais compactas têm cada vez mais custo e recursos parecidos. Assim, como escolher uma máquina que apresente algo realmente inovador? O G1 encontrou e testou alguns modelos interessantes disponíveis no mercado, que oferecem conexão a redes sociais, marcação do local exato de onde foi tirada a foto, tela touchscreen e até display frontal para tirar autorretrato.
São eles:
- Samsung ST550
- Samsung ST1000
- Panasonic TS1
- Nikon S1000PJ

Conectividade em alta
O grande apelo do modelo ST1000, da Samsung, é a capacidade de compartilhar as fotos por meio de uma rede sem fio ou de conexão Bluetooth para aparelhos compatíveis, como celulares, por exemplo.
Câmera Digital Samsung ST1000Com GPS, Wi-Fi e Bluetooth, modelo da Samsung
aposta na conectividade. (Foto: Divulgação)
No modo de compartilhamento para a web, uma vez autenticado na rede Wi-Fi e nos serviços on-line Picasa, Facebook ou Youtube, basta selecionar a foto que você deseja publicar e arrastá-la para uma barra no topo da tela.
Utilizando a tela sensível ao toque, a operação é bastante simples. A redução da resolução para até 2 MP é automática e o usuário não precisa se preocupar se o arquivo ficará muito grande. Para os vídeos, se desejar fazer o upload para o Youtube, a opção é gravar as imagens no formato de 320x240 pixels otimizado para web.
Aliado a isso, o modelo ainda conta com GPS, que captura as informações geográficas, gravando a longitude e latitude do local onde se está tirando a foto, diretamente na câmera (o chamado "geotagging"). Assim, você poderá marcar suas fotos por localização e classificá-las por cidade. Isso também vai facilitar o gerenciamento de grandes volumes de imagens no álbum que vem embutido na máquina fotográfica ou em um software ao transferi-las para o computador.
Veja se os megapixels realmente fazem diferença

Câmera Digital Samsung ST550Visor frontal ajuda no autorretrato. (Foto: Divulgação)
Melhorando a aparência
Apesar da ST550 não ter as mesmas opções de conectividade, ela conta com uma boa tela sensível ao toque e um segundo display, extremamente útil e prático, localizado na parte frontal da câ mera. Com a segunda tela, é muito fácil tirar autorretratos. Mas a máquina não para por aí: é possível configurar o display para exibir a animação de um palhaço para atrair a atenção de crianças para lente. Quem já tentou tirar fotos da gurizada sabe que não é fácil fazê-los "olharem o passarinho".
Recursos comuns às duas câmeras são: Beauty Shot, quando a câmera tira uma foto e já consegue realizar alguns ajustes na aparência da pessoa sem a necessidade de uma edição manual; Guia de Enquadramento, para iniciantes ou para aqueles que costumam cortar a cabeça dos outros, a câmera exibe no display linhas horizontais e verticais que auxiliam na hora de fotografar.
Comandos com gestos
Um sensor de aceleração integrado faz com que, ao girar a câmera de lado ou incliná-la, ela comece a exibir as fotos. Também é possível marcar as imagens como favoritas ou protegê-las de serem apagadas acidentalmente.
O que não pode passar despercebido é a velocidade com que ela liga: um segundo, aproximadamente. Isso é bom pra capturar algo que surge de repente e não dá para esperar todo um processo de inicialização.

Câmera Digital Panasonic DMC-TS1TS1 tira fotos até embaixo d´água. (Foto: Divulgação)
À prova de descuidos
Já a Panasonic, com seu modelo Lumix TS1, de 12.1MP, aposta na robustez e na resistência para emplacar seu modelo. Para quem adora levar a máquina para a praia ou para piscina, ou é meio estabanado, ela uma ótima opção, porque é à prova d´água (até 3m por 60min) e à queda (até 1,5m), além de resistir bem a ambientes empoeirados e com areia.
Com o modo Underwater, as filmagens subaquáticas em alta definição são otimizadas para um melhor desempenho e clareza nas imagens.
O aparelho possui 7 modos de fotografia, além dos 24 perfis que se adaptam à imagem que você quer registrar, no modo SCN (cenário). Eles vão desde a fotos de alimentos para bebês, passando por festa e suavização da pele.

Câmera Digital Nikon S1000PJCâmera trás projetor embutido de 10 lúmens.
(Foto: Reprodução)
Projetor portátil
A Nikon S1000pj traz embutido um projetor. Funciona como um verdadeiro data show com direito a controle remoto para passar os slides ou reprodução de filmes e também para ajustar o volume.
Entretanto, para se conseguir ver a imagem projetada, recomenda-se um fundo branco e um ambiente o mais escuro possível. Quanto mais longe o projetor fica da parede, mais esmaecidas ficam as imagens.
No mais, tem um autofoco bastante rápido e também conta com suavização da pele e 17 perfis de cena. Assim como a Panasonic e a Samsung ST550, vem com cabo para ligar na TV, sem falar no seu manual bastante detalhado para o usuário não ficar com dúvidas sobre o seu funcionamento e recursos.
Baixatudo: baixe as fotos originais, sem edição, e compare a qualidade de cada uma.

terça-feira, 4 de maio de 2010

YouTube, iPod e mensagens de texto podem ajudar idosos a chegar aos 100

Pesquisa sobre os segredos da longevidade ouviu centenários nos EUA.
País tem quase mil centenários vivos; número pode chegar a 601 mil em 2050.

Reuters
CentenáriosCentenários norte-americanos disseram ver
vídeo no YouTube. (Foto: Reprodução/TV Globo)
Acompanhar o ritmo da cultura pop, as tendências recentes como iPods e mensagens de texto podem ser a chave para a longevidade, de acordo com pessoas que conhecem o assunto – os centenários.
Segundo pesquisa conduzida pela GfK Roper para a Evercare, 8% dos centenários afirmaram que tinham usado mensagens de texto ou instantâneas, ante 1% no ano anterior. E 12% deles estavam usando iPods, 4% a mais do que há três anos.
Muitos centenários disseram acompanhar a cultura popular, ouvindo música ou assistindo a vídeos em computadores, e 11% deles disseram ter assistido a um vídeo no YouTube.
Manter atividade social, seguir uma dieta saudável, fazer exercícios e dormir o bastante tampouco prejudicam.
Se eu pudesse deixar uma mensagem, seria a de que uma pessoa jamais deveria parar de aprender"
Maurice Eisman
“Se eu pudesse deixar uma mensagem, seria a de que uma pessoa jamais deveria parar de aprender. Ponto. É isso”, disse Maurice Eisman, centenário morador de Maryland.
Eisman foi um dos 100 centenários entrevistados na pesquisa sobre os segredos da longevidade.
Rir e rezar também têm papel importante, bem como manter a conexão com a família e os amigos e acompanhar os acontecimentos e aparelhos atuais.
Há quase mil centenários vivos nos Estados Unidos, e o número deve chegar a mais de 601 mil em 2050, de acordo com o Serviço de Recenseamento dos EUA.
Acredito que todo mundo tem alguma coisa a dizer sobre o que está acontecendo em sua vida, e não deve aceitar as coisas passivamente"
Marie Keeler, 101 anos
“Acredito que todo mundo tem alguma coisa a dizer sobre o que está acontecendo em sua vida, e não deve aceitar as coisas passivamente”, afirmou Marie Keeler, 101, de Minnesota.
Quando perguntados sobre quem seria a companhia ideal para um jantar, Betty White – a atriz octogenária que estrelou um comercial do Super Bowl –, foi a escolha preferencial dos centenários. Ela superou o ator Bill Cosby, que havia vencido nos dois anos anteriores.
Tiger Woods, que ocupava o segundo lugar da lista no ano passado, não estava incluído este ano, depois das revelações sobre suas infidelidades conjugais. Mais de metade dos centenários afirmou que não convidaria Woods para um jantar.
Bill Clinton, Michelle Obama e Sarah Palin também estavam entre os convidados favoritos dos centenários para um jantar.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Pai do funkeiro Buchecha

é assassinado em São Gonçalo

Buchecha e seu pai, Claudino

O pai do funkeiro Buchecha, Claudino de Souza Filho, de 61 anos, foi assassinado a tiros no início da madrugada deste domingo, em São Gonçalo. Segundo familiares, Claudino teria chegado em casa, no Mutuá, na noite de sábado, após visitar um filho no Rio, trocado de roupa e saído de novo, sem dizer para onde estava indo. Parentes acreditam em assalto. De acordo com a polícia, Claudino teria sido atingido por pelo menos quatro tiros. O crime aconteceu na Estrada da Conceição.

- Testemunhas disseram que ele foi abordado por um homem, perto de uma locadora, e reagiu ao assalto - contou a irmã da vítima, Celeste dos Santos.

O corpo do pai de Buchecha, conhecido como Buchechão, foi liberado do Instituto Médico Legal de Tribobó no fim da manhã deste domingo.

Saiba mais:

Assassinato do pai é mais um drama na vida de Buchecha

Morte do pai assassinado pega Buchecha se preparando para lançar CD



Em choque com morte do pai,

Buchecha se isola num quarto

'Buchecha está muito mal, era muito apegado ao pai ', contou empresário.
Segundo a polícia, Claudino foi morto a tiros na madrugada deste domingo.



Arrasado com a notícia da morte do pai, o cantor Buchecha está isolado em um quarto, segundo seu empresário, Sérgio Mama. Ele só soube do assassinato de Claudino de Souza Filho, quando chegou de Porto Alegre, onde estava em turnê, na tarde deste domingo (28).

"Ele está arrasado, no quarto dele, incomunicável. Ele era muito apegado ao pai", contou Sérgio.

Claudino morreu na madrugada deste domingo, em São Gonçalo, na Região Metropolitana no Rio. Ele levou quatro tiros, um na cabeça, dois no tórax e um no braço.

Versões

Segundo a polícia, a vítima estava em um bar no bairro Mutuá, próximo ao local onde morava. Após uma discussão, Claudino teria deixado o local. Pouco depois retornou e foi baleado. Os policiais estão tentando localizar testemunhas do crime e esperam ouvir a família após o enterro.

De acordo com moradores da região, dois homens em uma moto efetuaram os disparos contra o pai de Bochecha, que morreu no local. A família, no entanto, acredita que ele tenha tentado reagir a um assalto.

Enterro

O enterro, que chegou a ser anunciado no cemitério Confraria Nossa Senhora da Conceição, no Barreto, em Niterói, será, segundo o empresário do funkeiro, às 16h no cemitério do Maruí, na mesma cidade.

Ainda de acordo com o empresário, Claudino gostava de fazer música com o filho. Ele disse que a família e os amigos preferiram poupar Buchecha sobre a morte durante a viagem do cantor no sul do país.


Dívida de R$ 10 teria provocado

morte de pai de Buchecha,

diz polícia

Núcleo de homicídio da 72ª DP descarta possibilidade de assalto.
Tiros foram disparados a cinco metros de distância, diz delegado.


A briga que acabou com a morte de Claudino de Souza Filho, pai do cantor Buchecha, teria sido provocada por uma dívida de apenas R$ 10. As informações da Polícia Civil. Segundo os agentes, um suspeito de participação no crime já foi identificado. O crime aconteceu na noite de domingo (27), em São Gonçalo, na Região Metropolitana.

Visite o site do RJTV


Segundo o delegado da 72ª DP ( São Gonçalo), Adilson Palácio, os tiros foram disparados por uma pessoa que estava no mesmo bar que a vítima e seria morador da localidade onde aconteceu o crime.

“O atirador estava a cinco metros de distância”, afirmou o delegado. O Núcleo de homicídios da delegacia encontrou um projétil de pistola 765 no local do crime.


Para a polícia o crime foi premeditado. “Descartamos a hipótese de assalto, sugerida pela família. Um assaltante não atira quatro vezes a uma distância de cinco metros. Ele chega perto da vítima para roubar”, explicou Palácio.

Claudino morreu após levar quatro tiros. Um na cabeça, dois no tórax e um no braço. A polícia também descartou a versão apresentada por moradores de que dois homens teriam passado em uma moto atirando. “Nossa investigação aponta para apenas um suspeito. Pela posição em que o projétil foi encontrado, o atirador estava dentro do bar”, detalhou o delegado.



Ainda de acordo com Palácio, Claudino estava em um bar próximo a uma comunidade dominada pelo tráfico de drogas quando discutiu com uma pessoa, que também estava no estabelecimento. “Após a briga, Claudino foi em casa buscar alguma coisa. Ao retornar ao bar, não teve chance de se defender. Acreditamos que o suspeito tenha imaginado que o pai de Buchecha havia ido pegar uma arma." Com o corpo da vítima, a polícia encontrou apenas uma cartela de aposta em corrida de cavalo. O delegado investiga se Claudino tinha dívidas de jogos de azar.

O dono do bar onde o crime ocorreu será ouvido pela polícia nesta segunda-feira (29). Outras pessoas que estavam no local também devem prestar depoimento. Segundo testemunhas, o suspeito teria ficado com a camisa da vítima.

Enterro

O corpo de Claudino foi sepultado às 16h de domingo (28), no cemitério Maruí, em Niterói, Região Metropolitana do Rio. Muito abatido, o cantor Buchecha não quis falar com a imprensa e entrou rapidamente em um carro após o enterro.

Buchecha, de boné, ajuda a carregar o caixão com o corpo do pai (Foto: Carolina Lauriano / G1)

O cantor ficou arrasado com a notícia da morte do pai e se isolou em um quarto, segundo seu empresário, Sérgio Mama.

Buchecha só recebeu a notícia do assassinato de Claudino quando chegou de Porto Alegre, onde estava em turnê, por volta das 13h deste domingo.

"Ele está arrasado, incomunicável. Ele era muito apegado ao pai", contou Sérgio.

Ainda de acordo com o empresário, Claudino gostava de fazer música com o filho. Um dos produtores que deu a notícia ao cantor foi Anderson Soares, conhecido como Gigante. "Buscamos ele por volta das 12h no aeroporto e ele só foi saber em casa. A família preferiu assim, porque ele gostava muito do pai", contou o produtor.

Pai e filho fizeram música nova esta semana

O empresário de Buchecha revelou ainda que pai e filho compuseram uma música nova esta semana. “O pai dele era compositor de escola de samba e várias músicas do Buchecha são em parceira com ele”, afirmou.

De acordo com Sérgio, o cantor está em ótimo momento profissional, com o sucesso da música “Romântico” – segundo ele uma das mais tocadas nas rádios. “Ele estava muito feliz, chegou brincando hoje no aeroporto. Foi muito difícil dar essa notícia. Ele saiu do enterro e desabou novamente”, contou.

Essa é a segunda grande perda na vida do cantor. Em 2002, seu parceiro Claudinho morreu em um acidente de carro. No disco de estréia da dupla “Claudinho e Buchecha”, que incluía a música “Conquista”, chegaram a vender mais de um milhão de cópias.

Corpo de Armando Nogueira

é velado no Maracanã

Jornalistas, amigos e parentes se despedem do jornalista.
Enterro será realizado nesta terça (30), no Cemitério São João Batista.

Carolina Lauriano e Patrícia Kappen Do G1, no Rio


O velório do ex-diretor da Central Globo de Jornalismo e comentarista esportivo Armando Nogueira, de 83 anos, começou por volta das 14h40 desta segunda-feira (29), na Tribuna de Honra do Estádio do Maracanã, na Tijuca, Zona Norte do Rio.

Leia também:

Dez frases inesquecíveis do mestre Armando Nogueira

O legado de Armando

O jornalista morreu por volta das 7h desta segunda-feira (29), em seu apartamento, na Lagoa, na Zona Sul do Rio, em consequência de um câncer no cérebro.

Armando Augusto Magalhães Nogueira, mais conhecido como Manduca, filho único do jornalista Armando Nogueira, chegou por volta das 14h30 no velório.

Ele contou que o estádio do Botafogo, time pelo qual o pai torcia, foi oferecido, mas a escolha pelo Maracanã se deu "porque esse era o endereço do Armando Nogueira todos os domingos". "Ele não era cronista de um time só, era o cronista do futebol", completou.

Foto: Patrícia Kappen/G1

Placar do Maracanã homenageia Armando Nogueira (Foto: Patrícia Kappen/G1)

Muitos amigos e parentes chegam ao local para se despedir do jornalista. O vice-presidente das Organizações Globo, João Roberto Marinho, afirmou que Armando Nogueira mudou a linguagem do telejornalismo brasileiro.

  • Aspas

    Armando deixa para nós mais do que uma lembrança, uma inspiração"

"Armando foi um companheiro maravilhoso no plano pessoal, uma pessoa cativante, adorável. No plano profissional, Armando mudou a linguagem do telejornalismo brasileiro. A televisão começou no Brasil a partir do rádio, então tinha uma linguagem totalmente radiofônica. Armando na TV Globo construiu toda uma linguagem voltada para a televisão com um rigor fantástico na precisão da informação e na qualidade do texto, quando trouxe um padrão de qualidade. Acho que se o Jornal Nacional hoje é o ponto de encontro da maioria dos brasileiros, ele é feito por uma equipe que na grande maioria é de discípulos do Armando, foram todos formados pelo Armando. Armando deixa para nós uma inspiração, mais do que uma lembrança, uma inspiração", disse João Roberto Marinho.

Leia também:

William Bonner: 'Ele me ensinou a fazer telejornalismo'

Sílio Boccanera: 'Ele admirava a palavra'

Armando Nogueira deixa dez livros publicados sobre esportes

Para Alice-Maria, diretora de desenvolvimento e programas especiais da TV Globo, o jornalista foi o responsável pelo telejornalismo no Brasil.

“O telejornalismo hoje no Brasil deve principalmente a ele. Essa homenagem no Maracanã é uma coisa que o Armando Nogueira faria para uma outra pessoa. Isso é uma ideia típica do Armando Nogueira. Quando acontecia alguma coisa emocionante, como a gente ia fechar o Jornal Nacional? Ele tinha ideias brilhantes, ou fazia a gente ter”.

A secretária estadual de Esportes, Márcia Lins, afirmou que o "Maracanã é pequeno" para homenagear Armando Nogueira e que pretende inaugurar uma sala para o jornalista.

Machado de Assis da crônica esportiva
Já o jornalista e escritor Sérgio Cabral, pai do governador, contou que trabalhou com Armando Nogueira no Jornal do Brasil, em 1959, e o descreveu como um amigo querido e solidário. Cabral disse que herança Armando deixa ao jornalismo:

"Eu digo ‘meus filhos, escrevam bem, caprichem no texto, leiam bastante, porque todos têm um grande exemplo que é o Armando’. Aliás, é um exemplo ‘imorredor’. Nesse aspecto o Armando não morreu, ele continua aí para nos ensinar a escrever. Eu sempre tentei imitá-lo, mas nunca consegui. Não é a toa que ele era chamado de Machado de Assis da crônica esportiva."

“Ele era um grande amigo, de pelo menos uns 50 anos. É uma grande perda”, disse o empresário Antônio Carlos de Almeida Braga.

Armando Augusto (de óculos escuros), filho de Nogueira, chega ao velório do pai (Foto: Carolina Lauriano/G1)

O diretor de Comunicação da TV Globo, Luis Erlanger, disse que ele é o responsável pela implantação do telejornalismo: "Já tinha o jornalismo impresso, o radio, mas quem levou o jornalismo para a televisão foi o Armando, além de tudo ele levou o conceito de rede. E acho que o jornalismo mais impactante hoje é o da televisão”.

O diretor Daniel Filho disse que nos últimos 30 anos Armando Nogueira teve papel importante na sua vida profissional e também pessoal.

“Eu tive a honra de ter o Armando como conselheiro meu. O Armando deixa esse buraco na nossa vida, o conselheiro, da palavra certa, não só na escrita. Para mim o Armando não foi, ele deixou tudo na minha cabeça e no coração de seus amigos”.

Muito emocionado, o comentarista esportivo Sergio Noronha afirmou que Arnaldo tinha uma "capacidade enorme de fazer frases". E que foi um parceiro, mestre e que não merecia o sofrimento que passou.

Wilson Nogueira, ao lado do corpo do irmão (Foto: Patricia Kappen/G1)

O enterro será realizado na terça-feira (30), às 12h, no Cemitério São João Batista, em Botafogo, na Zona Sul do Rio.

Luto oficial
O governador Sérgio Cabral e o prefeito Eduardo Paes anunciaram luto oficial de três dias pela morte “do grande jornalista Armando Nogueira, cujo texto se confunde com os melhores momentos do futebol brasileiro. Um acreano que, na juventude, veio morar no Rio de Janeiro e se transformou em um dos ícones do jornalismo do país”.

Biografia
Torcedor apaixonado pelo Botafogo e, em especial, pelo futebol, participou da cobertura de diversas Copas do Mundo a partir de 1954 e dos Jogos Olímpicos, a partir de 1980.

Armando Nogueira ao gravar com amigos um programa no Maracanã, no início dos anos 1990 (Foto: Celso de Castro Barbosa)

Armando nasceu no Acre e veio para o Rio de Janeiro com 17 anos, onde se formou em direito. A carreira de jornalista começou em 1950, no jornal Diário Carioca, onde foi repórter, redator e colunista. Ao longo dos 60 anos de carreira, passou também pela Revista Manchete, O Cruzeiro, Jornal do Brasil.

O jornalista trabalhou ainda na Rede Bandeirantes, e atualmente estava no SportTV, onde apresentava o programa Papo Com Armando Nogueira, e na Rádio CBN, onde participava do CBN Brasil.

Escreveu textos para o filme "Pelé Eterno" (2004) e é autor de dez livros, todos sobre esporte: Drama e Glória dos Bicampeões (em parceria com Araújo Neto); Na Grande Área; Bola na Rede; O Homem e a Bola; Bola de Cristal; O Vôo das Gazelas; A Copa que Ninguém Viu e a que Não Queremos Lembrar (em parceria com Jô Soares e Roberto Muylaert), O Canto dos Meus Amores; A Chama que não se Apaga, e A Ginga e o Jogo.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Test drive de carro

esportivo termina em batida

e prejuízo de R$ 800 mil

Motorista perdeu controle e bateu em poste.
Na Europa, Pagani Zonda S custa mais de R$ 1,3 milhão.



Um admirador de carros esportivos tirou um Pagani Zonda S de uma loja na Escócia para um test drive e acabou dando prejuízo para a concessionária. Os danos foram calculados em cerca de R$ 800 mil.

Foto: Reprodução/News Lite

Prejuízo foi calculado em mais de R$ 800 mil (Foto: Reprodução/News Lite)

O acidente aconteceu em setembro de 2009, quando o potencial comprador do carro italiano agendou um test drive e, durante o percurso, perdeu o controle do veículo e colidiu com um poste. Segundo o site "News Lite", o homem teve sua identidade preservada. Na Europa, o Pagani Zonda S é avaliado em mais de R$ 1,3 milhão.

O carro foi levado para a fábrica, em Modena, na Itália, para ser totalmente recuperado. Ele deve ser devolvido para a loja em maio próximo. Apenas10 exemplares do esportivo são fabricadas por ano.

terça-feira, 23 de março de 2010

Aranha tece teia e mora entre os chifres de antílope

Antílope em Kruger

O antílope vive no Parque Nacional Kruger, um santuário ecológico na África do Sul. E a aranha "folgada" vive entre os chifres dele. Impressionante. O pequeno aracnídeo teceu sua teia sobre a cabeça do mamífero, de 2 anos, e lá decidiu morar.

"Foi a primeira vez que vi algo do tipo, e olha que passei a maior parte da minha vida no mundo selvagem", disse Frank Solomon, o fotógrafo que fez o clique da cena inusitada durante um safári.

Segundo Frank, não há qualquer indício de que o antílope esteja ciente da presença da "moradora".

Garoto com 16 dedos nos pés

e 15 nas mãos será operado na

China

Mutação genética contribuiu para o problema do menino de seis anos.
Ele seria submetido a cirurgia em Shenyang para retirar os dedos a mais.


Foto: Reuters

Imagem de raio X tirado no dia 19 mostra os pés de garoto de 6 anos que nasceu com 15 dedos na mão e 16 dedos nos pés na China. (Foto: Reuters)

Foto: Reuters

Radiografia feita no mesmo dia mostra as mãos da criança. Os médicos contabilizam a pequena protuberância que se vê na mão à direita na foto. Observe que o primeiro dedo tem 'duas pontas' em formação. (Foto: Reuters)

Foto: Reuters

Ele está internado em hospital em Shenyang e vai ser submetido a cirurgia nesta terça-feira (23) para remover os dedos adicionais. (Foto: Reuters)

Foto: Reuters

Segundo especialistas, uma mutação genética contribuiu para provocar o problema. (Foto: Reuters)

Australiano com sangue raro

já salvou 2,2 milhões de bebês

Plasma sanguíneo de James Harrison é usado em vacina.
Em mais de uma década, ele fez 984 doações de sangue.



Foto: Sydney Morning Herald via BBC
James Harrison ficou conhecido como 'o homem com o braço de ouro' (Foto: Sydney Morning Herald via BBC)

O australiano James Harrison, dono de um tipo sanguíneo raro, já salvou a vida de 2,2 milhões de recém-nascidos, incluindo a do próprio neto.

Seu plasma sanguíneo é usado na criação de uma vacina aplicada em mães para evitar que seus bebês sofram da doença de Rhesus, também conhecida como doença hemolítica ou eritroblastose fetal.

A doença causa incompatibilidade entre o feto e a mãe. A doença acontece quando o sangue da mãe é Rh- e, o do bebê é Rh+. Após uma primeira gravidez nestas condições ou após ter recebido uma transfusão contendo sangue Rh+, a mãe cria anticorpos que passam a atacar o sangue do bebê.

Vacina Anti-D previne a formação de anticorpos contra eritrócitos Rh-positivos em pessoas Rh-negativas

O sangue de Harrison, de 74 anos, no entanto, é capaz de tratar essa condição mesmo depois do nascimento da criança, prevenindo a doença.

Após as primeiras doações à Cruz Vermelha australiana, descobriu-se a qualidade especial do sangue de Harrison. Foi quando ele ganhou o apelido de "o homem com o braço de ouro".

"Nunca pensei em parar de doar", disse Harrison à mídia local. Em mais de uma década, ele fez 984 doações de sangue e deve chegar a de número mil ainda nesse ano.

Harrison se tornou voluntário de pesquisas e testes que resultaram no desenvolvimento de uma vacina conhecida como Anti-D, que previne a formação de anticorpos contra eritrócitos Rh-positivos em pessoas Rh-negativas.

Antes da vacina Anti-D, Rhesus era a causa de morte e de danos cerebrais de milhares de recém-nascidos na Austrália.

Aos 14 anos de idade, Harrison teve de passar por uma cirurgia no peito e precisou de quase 14 litros de sangue para sobreviver. A experiência foi o que o levou, ao completar 18 anos de idade, a passar a doar com constância o próprio sangue.

Seu sangue foi considerado tão especial que o australiano recebeu um seguro de vida no valor de um milhão de dólares australianos, o equivalente a R$ 1,8 milhão.



domingo, 21 de março de 2010

Caso Isabella Nardoni


Começa o julgamento do casal Nardoni

Pai e madrasta de Isabella vão a júri popular no Fórum de Santana, em SP. Siga cobertura ao vivo.




últimas de caso Isabella

  1. SEG,22/3/2010
  2. 14h23

    Começa julgamento de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá

    Júri teve início às 14h17 no Fórum de Santana, Zona Norte de SP. Casal, que responde pela morte de Isabella, se diz inocente.

  3. 12h18

    Julgamento começa uma semana antes da morte de Isabella completar dois anos

    Sessão ocorre no Fórum de Santana, na Zona Norte de São Paulo. Serão ouvidas 23 testemunhas.

  4. 12h12

    Advogados do casal Nardoni visitam prédio onde Isabella morreu

    Eles foram ao local acompanhados do avô da menina, Antonio Nardoni. Julgamento de Alexandre e Anna Carolina começa às 13h desta segunda.

  5. 08h46

    Veja vídeos sobre o julgamento do Caso Isabella

    Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá vão a júri popular. Eles são suspeitos de terem matado a menina Isabella em 2008.

  6. 08h25

    Pai e madrasta de Isabella chegam ao Fórum de Santana

    Os dois serão julgados a partir das 13h pela morte da menina. Eles deixaram penitenciárias em Tremembé nesta manhã.

  7. 06h49

    Veja quais são as acusações contra o casal Nardoni

    Se condenados, Alexandre e Jatobá podem pegar de 12 a 30 anos. Eles são acusados de homicídio qualificado contra Isabella.

  8. 06h34

    Júri do casal Nardoni começa na tarde desta segunda-feira em SP

    Destino de Anna Jatobá e Alexandre Nardoni será definido por jurados. Previsão é que júri dure até cinco dias.

  9. 06h33

    Casal Nardoni deixa presídios no interior de SP para julgamento

    Júri popular será realizado em SP nesta segunda. Os dois estão presos em Tremembé.

  10. DOM,21/3/2010
  11. 21h04

    Defesa dos Nardoni não vai pedir adiamento de júri se testemunha faltar

    Justiça não encontrou pedreiro que disse ter visto homem invadir prédio. Acusação tenta mostrar que ladrão não teria tempo para cometer o crime.

  12. 16h33

    Pais deixam presídio após visita a Alexandre Nardoni no interior de SP

    Pai de Isabella deverá ser julgado nesta segunda-feira em SP. Família Nardoni usa camiseta com mensagem sobre inocência.

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Julgamento terá 23 testemunhas



















reconstituição








depoimento de 28 de maio





Tempo do crime


Caso Isabella Saiba como

vive o casal Nardoni na prisão

Especialistas dizem que júris

são decididos 'nos detalhes'

Juristas e advogados acreditam que tudo pode mudar durante julgamento. Mesmo em casos de repercussão, como a morte de Isabella Nardoni.

Plenário onde ocorrerá o julgamento

dos acusadosda morte de

Isabella Nardoni

Apesar da grande divulgação da morte de Isabella Nardoni, especialistas ouvidos pelo G1 acreditam que a percepção dos jurados sobre o crime pode mudar durante o julgamento dos acusados, Anna Carolina Jatobá e Alexandre Nardoni, marcado para começar nesta segunda-feira (22) no Fórum de Santana, na Zona Norte de São Paulo. Ou seja, nada está definido até a conclusão do conselho de sentença. “Um detalhe pode mudar tudo”, afirma o jurista Luiz Flávio Gomes, especialista em direito penal.Para Gomes, os jurados podem até entrar com uma opinião sobre o caso, mas a oratória de defesa e acusação pode alterá-la. “O decisivo é a comunicação e a oratória das partes. A parte que conseguir ser mais convincente e transmitir mais confiança aos jurados ganha. E, por isso, o promotor e a defesa precisam trabalhar as provas. Uma testemunha pode trazer um dado novo que muda o rumo completamente”, acredita o jurista.

O especialista acredita que o jurado teme não tomar a decisão correta. “O jurado morre de medo de condenar inocente”, afirma. O advogado Mauro Otávio Nacif também defende que o jurado assume um “compromisso com a consciência”. “Eu entendo que a mídia e as reportagens influenciam o povo comum, mas não aquele cidadão que prestou um juramento, que é o jurado, e que tem um compromisso com a consciência”, diz. Nacif foi o advogado de defesa da Suzane von Richthofen, condenada pela morte dos pais, durante o julgamento ocorrido em julho de 2006. Ele teve que desenvolver a estratégia de defesa também em um crime de grande repercussão nacional. Mas o advogado acredita que a maneira de o defensor trabalhar nos dois casos é muito distinta. “É completamente diferente, a Suzane tinha confessado, esse casal negou [o crime]. A maneira de defender é completamente diferente. A dúvida favorece o réu.” O advogado não acredita que, em casos como esses, os jurados entrem com uma opinião completamente formada. “Eles não vão entrar com a cabeça formada. Ele entra com a cabeça formada no corredor, no elevador. Depois de prestar o compromisso, tudo muda”, diz. “É muito fácil julgar um réu na padaria, na faculdade ou na esquina. Cada um fala o que quer de uma maneira completamente descompromissada. Porém, no dia do julgamento, existe o juramento perante as leis e a consciência.” O criminalista Sergei Arbex Cobra, secretário-geral da Ordem dos Advogados do Brasil em São Paulo (OAB-SP), diz que os jurados sabem que “têm que condenar com base nas provas”. “Quando você assume aquele compromisso, começa a entrar no processo e a responsabilidade pesa, e muito”, afirma. Por isso, segundo ele, “uma argumentação forte pode mudar o pensamento”. “O júri é o maior momento do advogado criminal, onde você tem mais liberdade. Um detalhe pode acabar com o júri, uma fala sua errada.”


Entenda como funciona

o Tribunal do Júri

Julgamento do casal Nardoni começa nesta segunda-feira (22).
Sete entre 40 jurados sorteados irão compor conselho de sentença.


O julgamento do casal Anna Carolina Jatobá e Alexandre Nardoni, acusados da morte de Isabella Nardoni, começa nesta segunda-feira (22) no 2º Tribunal do Júri do Fórum de Santana, na Zona Norte de São Paulo. O júri popular é previsto em crimes contra a vida, como homicídio, tentativa de homicídio e auxílio ao suicídio. Nele, cidadãos comuns escolhidos por sorteio decidem se os réus são culpados ou inocentes.

Apesar de o Código de Processo Penal prever que 25 jurados devem ser sorteados para estarem presentes no dia marcado para o júri, serão 40 no caso do julgamento do casal Nardoni. O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) diz que foram sorteados 15 a mais por garantia. Desses, 23 são mulheres e 17, homens. Os integrantes do júri precisam ter mais de 18 anos, nenhum antecedente criminal e morar na cidade de São Paulo.

Apenas sete jurados irão compor o conselho de sentença. O sorteio ocorre no dia do julgamento. A defesa e acusação têm o direito de, cada uma, recusar três jurados sorteados. Depois da escolha, os outros jurados presentes são dispensados. Durante os dias de julgamento – estão previstos até cinco – os integrantes do conselho ficam incomunicáveis. Eles irão dormir e fazer as refeições dentro do Fórum de Santana.

A lei 11.689, de junho de 2008, fez algumas alterações no Código de Processo Penal. Agora, o interrogatório dos réus é feito após o depoimento das testemunhas. Até então, os acusados do crime eram ouvidos primeiro. Isso foi feito, segundo os juristas, para garantir a ampla defesa dos réus. Com a mudança, o julgamento segue a seguinte ordem:

- Sorteio dos jurados: sete são sorteados, entre 40 possíveis. O promotor e o advogado de defesa podem negar, sem justificativa, três jurados cada.

- Depoimento das testemunhas: primeiro são ouvidas as arroladas pela acusação, depois as da defesa.

- Leitura de peças: trechos do processo, como provas recolhidas por carta precatória.

- Interrogatórios dos réus: acusados do crime respondem a perguntas de defesa e acusação (os jurados também podem fazer questionamentos, por intermédio do juiz).

- Debates: são disponibilizadas duas horas e meia para os argumentos da acusação e o mesmo para a defesa. Depois, há duas horas de réplica e o tempo igual de tréplica.

- Voto em sala secreta: jurados vão até a sala secreta e respondem a quesitos estabelecidos pelo juiz. Depois, o magistrado formula e lê a sentença.


Testemunha do casal Nardoni

não é localizada

e julgamento pode ser adiado

Defesa decidirá sobre pedido no dia 22.
Pedreiro que deu entrevista a jornal sobre invasão a edifício não é achado.


Faltando apenas três dias para o julgamento do casal Nardoni, acusado de matar a menina Isabella em 2008, uma das testemunhas arroladas pela defesa dos réus ainda não foi localizada e o júri corre o risco de ser adiado. Trata-se do pedreiro Gabriel Santos Neto, que teve entrevista publicada no jornal 'Folha de S. Paulo' afirmando que um ladrão arrombou uma obra vizinha ao prédio onde a menina caiu. Essa versão se encaixa com a defesa de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá. O casal alega inocência e sustenta que uma terceira pessoa matou Isabella. Mas, em 2009, o trabalhador negou a história à Justiça.

Caso o pedreiro não compareça na próxima segunda-feira (22) ao Fórum de Santana, na Zona Norte de São Paulo, o júri poderá ser adiado, segundo especialista ouvido pelo G1. Para isso, aos advogados de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá terão de entrar com um recurso alegando cerceamento de defesa e o juiz Maurício Fossen concordar com esse pedido.

Procurado na quarta-feira (17), o advogado Roberto Podval, que defende os Nardoni, confirmou que o pedreiro ainda não foi localizado por um oficial de justiça. Apesar disso, ele não quis adiantar se vai entrar ou não com um novo pedido de adiamento do júri por esse motivo. “Vamos resolver isso só no dia do júri”, disse Podval por telefone.

Segundo a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça, nenhum pedido foi encaminhado ao TJ pedindo o adiamento do julgamento por causa da ausência de testemunha até esta quinta-feira (18). O promotor Francisco Cembranelli, responsável por denunciar o casal à Justiça, também não foi localizado para comentar o assunto.

Especialista

Para o advogado Ademar Gomes, presidente da Acrimesp (Associação dos Advogados Criminalistas do Estado de São Paulo), o advogado do casal Nardoni pode até pedir o adiamento, mas ele dependerá da decisão do juiz.

“Ele tem direito de requerer em recurso de cerceamento de defesa e pedir o adiamento porque não encontraram o pedreiro, mas a Justiça não tem culpa. Caso a testemunha não compareça, o juiz irá chamar o advogado para saber se a defesa quer substituir a testemunha, se quer mantê-la ou indicar onde está testemunha e se quer uma diligência”, disse o presidente da Acrimesp. “O juiz poderá então adiar o júri até achar a testemunha ou começar o júri sem a testemunha. Caberá a ele decidir.”

De acordo com Gomes, se essa testemunha não for achada até a data da sentença do juiz e o casal acabar condenado, o advogado de defesa também poderá entrar com um pedido solicitando a anulação do julgamento. "Ele poderia alegar que uma testemunha importante para o processo não foi localizada mas precisa ser ouvida", disse Gomes.

Além da ausência do pedreiro Gabriel dos Santos Neto, a defesa do casal Nardoni também não deverá contar com o ex-advogado de Alexandre e Jatobá, Rogério Neres. Ele havia sido arrolado como uma das testemunhas da defesa, mas pediu dispensa do júri. O pedido foi aceito por Podval e falta ser acolhido pelo juiz.


Pais deixam presídio

após visita

a Alexandre Nardoni

no interior de SP

Pai de Isabella deverá ser julgado nesta segunda-feira em SP.
Família Nardoni usa camiseta com mensagem sobre inocência.


Foto: VNews/G1

Mãe de Alexandre Nardoni,

pai de Isabella,

exibe camiseta na qual diz que filho é inocente

Os pais de Alexandre Nardoni deixaram a Penitenciária Doutor José Augusto César Salgado, a P2 de Tremembé, no interior de São Paulo, por volta das 16h20 desse domingo (21). Eles chegaram para uma visita ao filho por volta das 9h45 da manhã.

Ficaram cerca de seis horas e meia dentro da penitenciária. Os dois entraram com sacolas com mantimentos e usavam camisetas com as inscrições: "Casal Nardoni inocente! Justiça! A verdade prevalecerá!". Na foto estampada, o pai e a madrasta de Isabella estão sorridentes ao lado da menina e dois filhos do casal.

O julgamento de Nardoni e de sua mulher, Anna Carolina Jatobá está marcado para esta segunda-feira (22) no 2º Tribunal do Júri do Fórum de Santana, na Zona Norte de São Paulo.


O júri popular que começa nesta segunda-feira é previsto em crimes contra a vida, como homicídio, tentativa de homicídio e auxílio ao suicídio. Nele, cidadãos comuns escolhidos por sorteio decidem se os réus são culpados ou inocentes.

Apesar de o Código de Processo Penal prever que 25 jurados devem ser sorteados para estarem presentes no dia marcado para o júri, serão 40 no caso do julgamento do casal Nardoni. O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) diz que foram sorteados 15 a mais por garantia. Desses, 23 são mulheres e 17, homens. Os integrantes do júri precisam ter mais de 18 anos, nenhum antecedente criminal e morar na cidade de São Paulo.

Apenas sete jurados irão compor o conselho de sentença. O sorteio ocorre no dia do julgamento. A defesa e acusação têm o direito de, cada uma, recusar três jurados sorteados. Depois da escolha, os outros jurados presentes são dispensados. Durante os dias de julgamento – estão previstos até cinco – os integrantes do conselho ficam incomunicáveis. Eles irão dormir e fazer as refeições dentro do Fórum de Santana.

A lei 11.689, de junho de 2008, fez algumas alterações no Código de Processo Penal. Agora, o interrogatório dos réus é feito após o depoimento das testemunhas. Até então, os acusados do crime eram ouvidos primeiro. Isso foi feito, segundo os juristas, para garantir a ampla defesa dos réus. Com a mudança, o julgamento segue a seguinte ordem:

- Sorteio dos jurados: sete são sorteados, entre 40 possíveis. O promotor e o advogado de defesa podem negar, sem justificativa, três jurados cada.

- Depoimento das testemunhas: primeiro são ouvidas as arroladas pela acusação, depois as da defesa.

- Leitura de peças: trechos do processo, como provas recolhidas por carta precatória.

- Interrogatórios dos réus: acusados do crime respondem a perguntas de defesa e acusação (os jurados também podem fazer questionamentos, por intermédio do juiz).

- Debates: são disponibilizadas duas horas e meia para os argumentos da acusação e o mesmo para a defesa. Depois, há duas horas de réplica e o tempo igual de tréplica.

- Voto em sala secreta: jurados vão até a sala secreta e respondem a quesitos estabelecidos pelo juiz. Depois, o magistrado formula e lê a sentença.

caso isabella / julgamento



Testemunha surpresa

de acusação é um perito baiano

Luiz Eduardo Carvalho Dórea pode desqualificar versão da defesa.
Segundo dia de julgamento já teve testemunho de delegada.


A testemunha Luiz Eduardo Carvalho Dórea, que vinha sendo listada como uma testemunha surpresa da acusação do casal Nardoni, é um perito da Bahia. Ao contrário do que se chegou a dizer, Carvalho não é um policial militar que esteve presente no local do crime, em março de 2008.

Veja o blog do júri

Leia a cobertura completa do caso

Veja fotos do júri

Veja vídeos do júri

A previsão é que Carvalho seja ouvido pelo juiz Maurício Fossen, no Fórum de Santana, na Zona Norte, ainda nesta terça-feira (23).

O G1 apurou que o perito foi consultado pelo Ministério Público, com relação ao laudo feito pela baiana Delma Gama, a pedido da defesa. Ele encontrou, na análise que foi entregue pela perita, trechos escritos por ele em um de seus livros e colocados em contexto diferente. A intenção da acusação é, portanto, desacreditar a análise dos advogados do casal Nardoni.

Dórea já foi diretor geral da Polícia Técnica da Bahia e atualmente trabalha na Secretaria de Segurança Pública do Estado. Perito conceituado, ele tem livros lançados e costuma viajar para dar aulas a policiais técnicos de todo o país.

Foto: Arte/G1

Sala onde é realizado o júri (Foto: Arte/G1)

2º dia

A delegada Renata Pontes encerrou seu depoimento às 14h10 desta terça-feira (23). Ela foi a segunda testemunha a ser ouvida no julgamento do casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, acusados da morte da filha dele, a menina Isabella. A primeira foi a mãe da menina, na segunda-feira.

Com o encerramento do depoimento, o júri entrou em recesso para o almoço.

Renata, que era a delegada plantonista do 9º Distrito Policial, no Carandiru, Zona Norte, quando ocorreu o crime, começou a ser ouvida às 10h15. Ela foi arrolada como testemunha tanto da acusação quanto da defesa. Em seu depoimento, a delegada afirmou ter “100% de certeza” da culpa do casal na morte de Isabella. Ela também reforçou que a investigação foi bem conduzida, considerando todas as possibilidades e investigando inclusive pessoas citadas pelo casal Nardoni.

Ainda devem ser ouvidas nesta terça outras testemunhas de acusação. A expectativa é que o júri só termine mesmo no fim da semana.

25 de março de 2010 às 19:20

Anna Jatobá diz que

não tinha fralda no carro

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Anna Jatobá afirmou ao júri nesta quinta-feira (25) que não tinha fralda no carro quando o casal, os filhos e Isabella voltavam do supermercado para o Edifício London, na noite do crime. “Queria deixar uma coisa bem clara: não tinha fralda nenhuma no carro. A bolsa dos meninos estava no porta-malas do carro, afirmou.” Leia aqui reportagem sobre o interrogatório de Anna Jatobá.


25 de março de 2010 às 19:16

‘Nunca fui violenta’,

diz Anna Jatobá

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A ré Anna Carolina Jatobá disse na noite desta quinta-feira (25), durante interrogatório no Fórum de Santana, na Zona Norte de São Paulo, que não é uma pessoa violenta. “Eu nunca bati em ninguém. Nunca fui violenta.” Ela contou que antes do filho mais velho nascer, ela e Alexandre brigavam muito. “Depois de ter meu filho, amadureci”, contou.

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25 de março de 2010 às 19:15

Jatobá responde

‘Não me recordo’

a várias perguntas

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Bastante emocionada durante o seu depoimento, Anna Carolina Jatobá, madrasta de Isabella Nardoni, chorou em vários momentos diante do júri. E a várias perguntas feitas a ela pela acusação, Jatobá repetiu uma resposta padrão: “Não me recordo”. O depoimento dela já dura duas horas e trinta minutos. (Por SPTV).


25 de março de 2010 às 19:06

Mãe de Isabella vivia infernizando

casal Nardoni, diz Anna Jatobá

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A madrasta de Isabella Nardoni, Anna Carolina Jatobá, afirmou em interrogatório ocorrido no Fórum de Santana, na Zona Norte de São Paulo, que a mãe da menina vivia a “infernizando”. Segundo a acusada de matar a criança, Ana Carolina Oliveira mandava mensagens para o marido, Alexandre Nardoni, que acabava mostrando para a mulher. A madrasta de Isabella acrescentou que a relação mantida com Ana Carolina Oliveira era basicamente via MSN e e-mail. (Por: Luciana Bonadio)


25 de março de 2010 às 18:49

Em interrogatório, Anna Jatobá

trata mãe de Isabella com intimidade

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“Carol”. É assim que a acusada de matar Isabella, Anna Carolina Jatobá, tem se referido à mãe de Isabella, Ana Carolina Oliveira, durante o interrogatório a respeito da morte da menina, realizado nesta quinta-feira (25) no Fórum de Santana, na Zona Norte de São Paulo. O mesmo tratamento é dispensado a Isabella: quando ela lembra de “Isabella”, diz apenas “Isa”. (Com informações da Globo News e ilustração de Leonardo Aragão/G1)

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25 de março de 2010 às 18:36

Anna Jatobá já responde

a perguntas da Promotoria

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Após ser questionada pelo juiz Maurício Fossen, Anna Carolina Jatobá é agora alvo de perguntas do promotor Francisco Cembranelli.

O interrogatório da acusação teve início às 18h25. A assistente de acusação Cristina Christo também poderá fazer perguntas.

Depois, será a vez dos defensores do casal Nardoni interrogarem a réu. (Com informações da TV Globo)


25 de março de 2010 às 18:16

Advogado de defesa descarta

acareação com mãe de Isabella

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Um dos advogados de defesa do casal Nardoni, Ricardo Martins, descartou na noite desta quinta-feira (25) uma acareação de Anna Carolina Jatobá e Alexandre Nardoni com a mãe de Isabella, Ana Carolina Oliveira.

Reintegrado à equipe de defesa na véspera do julgamento, ele informou que não será feito o pedido durante um pequeno intervalo no júri.

Ana Carolina Oliveira está à disposição da Justiça desde segunda-feira, isolada em uma sala do Fórum de Santana, na Zona Norte.

Jatobá é interrogada neste quarto dia de júri. O marido já prestou depoimento. (Por Luciana Bonadio)


25 de março de 2010 às 18:00

Veja animação da perícia que

Nardoni chamou de

‘filminho mentiroso’

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Em seu depoimento no júri na tarde desta quinta-feira (25), Alexandre Nardoni classificou de “filminho totalmente mentiroso” a animação elaborada pela perícia com a versão da polícia sobre a morte de Isabella. Reveja reportagem do Fantástico que mostra a animação.


25 de março de 2010 às 17:56

‘Ciúme é normal em casais

que se amam’, disse Nardoni no júri

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Questionado pela assistente de acusação, Cristina Christo, se a madrasta de Isabella era ciumenta, Alexandre Nardoni afirmou que isso “é normal em casais que se gostam”. “Tanto a minha esposa atual como a mãe da minha filha tinham ciúmes, como eu tinha ciúmes delas”, disse. Ele voltou a afirmar que Jatobá “fala alto” e o xingou “uma vez ou outra” durante discussões. “Mas não desse jeito, na gritaria”, completou.

Ainda respondendo a perguntas da assistente de acusação, ele disse que pediu para que Anna Carolina Jatobá ligasse para o sogro e o pai dela assim que descobriram que Isabella havia caído. Também quis que a mulher telefonasse para a mãe da menina, Ana Carolina Oliveira. Cristina perguntou por que ele não ligou para a emergência. “Quando nós descemos, a primeira coisa que eu pensei, no choque, foi em ligar para os meus pais.”

Ele negou ter dito ainda durante o socorro da filha que tinha ladrão no edifício. “Eu imaginei que pudesse ter alguém no prédio”, contou. “Quando estava ajoelhado próximo a ela, a todo momento estava gritando por socorro”, disse. O réu afirmou que Isabella gostava muito de ir para a casa deles e que todas as coisas eram feitas em torno da filha. “A minha esposa tratava a minha filha como o terceiro filho dela.” (Por Luciana Bonadio)


25 de março de 2010 às 17:52

Nardoni disse que policiais

‘bateram na mesa’

e o chamaram de

‘assassino e vagabundo’

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Alexandre Nardoni disse em depoimento que investigadores o colocaram em uma sala na delegacia, durante a apuração do crime, “começaram a bater na mesa”, e disseram que Anna Carolina Jatobá tinha “falado tudo”. Alexandre Nardoni afirmou que foi chamado de “assassino e vagabundo” no local. Ele contou que, quanto foi depor no dia 18 de abril de 2008, havia uma foto de Isabella sobre a mesa da delegada Renata Pontes, responsável pela investigação do caso. (Por Luciana Bonadio)


25 de março de 2010 às 17:49

Nardoni disse que seu pai

‘está sendo seguido o tempo todo’

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Alexandre Nardoni afirmou, durante o interrogatório, que o pai, Antonio Nardoni, está “sendo seguido o tempo todo”. “Tenho medo de retaliações a mim, minha esposa e meus filhos”, afirmou, fazendo referência à polícia. Segundo ele, a caixa de correio de um dos advogados de defesa do casal, Ricardo Martins, foi “explodida” e o defensor também recebeu cartas com ameaças. Ele atribuiu todas essas suspeitas a policiais que trabalham na delegacia onde o caso foi investigado. (Por Luciana Bonadio)


25 de março de 2010 às 17:39

Anna Jatobá chora

durante interrogatório

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A madrasta de Isabella Nardoni, Anna Carolina Jatobá, chorou durante interrogatório nesta quinta-feira (25). Ela disse que as acusações contra ela e Alexandre são falsas. Alexandre Nardoni acompanha o depoimento da mulher. (Com informações da TV Globo)


25 de março de 2010 às 17:16

‘Filminho é totalmente mentiroso’,

disse Nardoni sobre animação de peritos

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Alexandre Nardoni afirmou, durante interrogatório na tarde desta quinta-feira (25), que a animação feita com base em informações do Instituto de Criminalística (IC) com a conclusão dos peritos é um “filminho completamente mentiroso”. “Não sei de onde criaram essas histórias”, disse. A animação foi reproduzida aos jurados a pedido da defesa, para que Alexandre comentasse alguns pontos.

Ele negou, por exemplo, ter jogado Isabella no chão após chegar ao apartamento. Nardoni também disse que carregava a filha com a mão esquerda, com as pernas caídas para baixo – na simulação, ele entra com a menina apoiada nos dois braços. Ele também afirmou que não poderia ter ficado em pé sobre a cama porque bateria a cabeça no teto. Em alguns momentos, o réu levantou para mostrar alguns detalhes do prédio na maquete, como a entrada de serviço do edifício. “Eu sempre falei a verdade”, afirmou ele em uma das respostas. (Por Luciana Bonadio)


25 de março de 2010 às 17:11

Nardoni e sete testemunhas

já prestaram depoimento;

veja o resumo

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Com o fim do interrogatório de Alexandre Nardoni e o início do de Anna Carolina Jatobá, o júri do casal entra em sua reta final. Além deles, sete testemunhas já prestaram depoimento no julgamento dos dois, acusados de matar Isabella.

Veja o resumo dos testemunhos:

1º dia

O primeiro dia foi marcado pelo depoimento emocionado de Ana Carolina Oliveira. Ela chorou por diversas vezes. A primeira delas foi quando se recordou do momento em que encontrou a menina de 5 anos caída na grama do edifício London.

Ana Carolina disse que Alexandre jamais conversou com ela sobre o que ocorreu no apartamento, mesmo durante o velório da menina. Durante o depoimento, a mãe contou detalhes do relacionamento com Nardoni e disse que ele era violento em algumas ocasiões, chegando, inclusive, a jogar o filho no chão uma vez.

2º dia

Na terça, a primeira a depor foi a delegada Renata Pontes, que indiciou o casal. Em seu depoimento, que durou cerca de 4 horas, ela afirmou ter “100% de certeza” de que Anna e Alexandre foram os responsáveis pela morte da menina e detalhou sua atuação na noite do dia 29 de março de 2008.

Ela contou que foi ao edifício e viu Isabella caída no jardim do prédio. “Ela parecia um anjinho”, afirmou a delegada.

O médico-legista Paulo Sergio Tieppo Alves foi a segunda testemunha a ser ouvida na sessão. Alves detalhou todo o processo de necropsia. Ele contestou a ideia de que houve falha na certidão de óbito, em que consta causa nao identificada de morte. De acordo com ele, a maioria dos registros expedidos pelo Instituto-Médico Legal (IML) sai com essa informação até que todos os exames estejam prontos.

O médico disse ainda que a violência ocorrida antes da queda da menina Isabella do sexto andar do edifício London foi mais determinante para a morte do que a própria queda.

O perito criminal baiano Luiz Eduardo de Carvalho Dória foi o último a ser ouvido no segundo dia de julgamento. Arrolado pela assistência de acusação, o perito analisou manchas de sangue encontradas na cena do crime, como em lençóis no quarto de onde Isabella caiu.

Segundo ele, “existem padrões de mancha que permitem estabelecer a altura” da qual ela caiu. De acordo com ele, pela análise é possível concluir que as gotas no local do crime caíram de uma altura superior a 1,25m.

3º dia

No terceiro dia, o julgamento foi reiniciado com o depoimento da perita Rosângela Monteiro. Ela disse que a menina foi ferida antes de entrar no apartamento do casal Nardoni e que já entrou sangrando. A perita afirmou que o sangue encontrado no apartamento era da menina morta.

Ela disse ainda que as marcas da rede de proteção na camiseta de Nardoni evidenciam que foi ele quem atirou a menina pela janela.

Quem também deu depoimento foi o jornalista Rogério Pagnan. Na época da queda de Isabella, ele fez uma entrevista com o pedreiro Gabriel Santos para o jornal “Folha de S.Paulo”, em que ele afirmava que uma pessoa havia arrombado uma obra vizinha ao edifício London na noite do crime.

O depoimento de Pagnan durou cerca de 40 minutos. Enquanto fazia uma demonstração, o jornalista quebrou um pedaço da maquete.

A terceira testemunha a depor foi o escrivão de polícia Jair Stirbulov. Em seu depoimento, ele disse que foi chamado para atender uma ocorrência de roubo seguido de morte e que auxiliou a delegada Renata Pontes nas investigações do crime por 30 dias ouvindo vizinhos e colhendo informações.

Ele foi a última testemunha a ser convocada pela defesa.

4º dia

Alexandre Nardoni foi interrogado nesta quinta-feira. Durante o depoimento, chorou ao falar da filha. “Foi o pior dia da minha vida. Eu perdi tudo de mais valioso. Perdi a noção do que estava acontecendo.” A emoção de Nardoni durante o interrogatório sensibilizou os sete jurados.

Ele disse ainda que a polícia sugeriu que ele assumisse o crime durante as investigações. Nardoni se disse “indignado”, porque, para ele, isso demonstrou que a “a polícia não queria descobrir” o que de fato ocorreu no edifício London, onde Isabella morreu.


25 de março de 2010 às 16:41

Começa depoimento de

Anna Carolina Jatobá;

ela diz que acusações são

‘totalmente falsas’

julgamentoNardoni606x31Teve início às 16h30 desta quinta o depoimento de Anna Carolina Jatobá, que começou o interrogatório negando as acusações contra ela. “São totalmente falsas”, afirmou.

Anna tem a voz embargada e fala muito rápido. O juiz Maurício Fossen, que preside a sessão, teve de intervir algumas vezes pedindo para que ela falasse mais devagar.

Anna Jatobá começou a dar detalhes da rotina da família antes da morte da menina Isabella.

Na quarta, 26 de março de 2008, segundo ela, após uma festa, Isabella pediu que o filho de Jatobá com Nardoni ficasse com ela. “A Isa me pediu de um jeito muito meigo e carinhoso para deixar o Pietro na casa dela.” Ela diz ter conversado com a Ana Carolina Oliveira e ela deixou.

Na sexta, dia 28, Isabella não foi a uma excursão da escola para sair com a avó. “Mas a Ana Carolina me ligou e disse que a Isabella não queria ficar com a avó, mas comigo.”

Anna afirmou, então, que levou à garota ao edifício London. À tarde, disse, foram à piscina, mas começou a ventar e elas subiram.

Segundo ela, Ana Carolina Oliveira ligou para a garota por volta das 14h e perguntou se estava tudo bem.


25 de março de 2010 às 16:29

Termina interrogatório

de Alexandre Nardoni

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Terminou por volta das 16h25 o interrogatório de Alexandre Nardoni, acusado de matar a própria filha, Isabella, em março de 2008.

Durante o depoimento, Nardoni chorou ao falar da filha. “Foi o pior dia da minha vida. Eu perdi tudo de mais valioso. Perdi a noção do que estava acontecendo.”

Ele disse ainda que o delegado Calixto Calil Filho sugeriu que ele assumisse o crime durante as investigações. Nardoni se disse “indignado”, porque, para ele, isso demonstrou que a “a polícia não queria descobrir” o que de fato ocorreu no edifício London, onde Isabella morreu. O delegado foi procurado pelo G1 às 15h40 para falar sobre o assunto, pediu para falar mais tarde, mas não atendeu mais às ligações

A emoção de Nardoni durante o interrogatório sensibilizou os sete jurados. Ele afirmou que lutou para que Isabella nascesse.

O depoimento dele teve início às 10h45. Houve uma pausa para almoço e o interrogatório foi retomado às 15h15. Anna Carolina Jatobá não pôde assistir à fala do marido. Ela deverá ser a próxima a prestar depoimento. (Por Kleber Tomaz)


25 de março de 2010 às 16:24

Mãe de Isabella passou

mal neste 4º dia de júri

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Ana Carolina Oliveira, mãe de Isabella, passou mal nesta quinta-feira (25), quarto dia de julgamento do casal Nardoni.

Ainda isolada em uma sala do Fórum de Santana, na Zona Norte, no mesmo andar onde Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá são julgados pela morte de sua filha, ela teve um mal estar e teve de ser atendida por um médico.

Ela está desde segunda-feira incomunicável após pedido da defesa. Assim que terminou um depoimento emocionado, Ana Carolina Oliveira foi levada à sala.

A mãe de Isabella ainda pode ser solicitada para uma acareação com os réus. (Por Débora Miranda)


25 de março de 2010 às 16:00

Defesa começa a interrogar

Alexandre Nardoni

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A defesa dos acusados de matar Isabella começou a questionar Alexandre Nardoni às 15h35. Segundo a assessoria do Tribunal de Justiça, a assistência de acusação terminou de interrogar o réu às 15h30. A previsão é que Anna Carolina Jatobá comece a ser ouvida após a defesa terminar as perguntas a Alexandre. (Por: Kleber Tomaz)


25 de março de 2010 às 15:53

Nardoni: pensam que minha

mulher está nervosa

porque ela fala alto

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Perguntado pelo juiz Maurício Fossen como era o seu relacionamento com Anna Jatobá, Alexandre Nardoni disse que era normal e que os dois tinham brigas normais de casal. “Por exemplo, eu queria jogar futebol e ela não queria que eu fosse”, afirmou. E emendou: “A Jatobá fala muito alto. Então, às vezes, as pessoas pensam que ela está gritando, está nervosa.”


25 de março de 2010 às 15:46

Juiz repreende irmã

de Alexandre durante

julgamento

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O juiz Maurício Fossen, que preside o julgamento do casal Nardoni, repreendeu a irmã de Alexandre, Cristiane Nardoni, após a jovem se comunicar com o acusado de matar Isabella. Logo após o juiz decretar recesso para o almoço, às 13h34, Cristiane se levantou e falou alto, em direção ao irmão: “Força, Alê”. Fossen, então, afirmou: “Vou repetir que não quero manifestação da plateia nem dos parentes.” O júri foi retomado apenas às 15h15.


25 de março de 2010 às 15:24

Após almoço,

julgamento é retomado

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O julgamento de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, acusados de matar Isabella Nardoni em 2008, foi retomado às 15h15 desta quinta-feira (25), após mais de uma hora de almoço. O júri retorna com a assistência de acusação interrogando Alexandre. (Por: Débora Miranda)


25 de março de 2010 às 14:50

Advogado reintegrado à

equipe de defesa está

na sala do júri

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O advogado Ricardo Martins, reintegrado à equipe de defesa no primeiro dia de julgamento do casal Nardoni, acompanha o interrogatório de Alexandre dentro da sala do júri nesta quinta-feira (25).

Ele está no lugar que vinha sendo ocupado pela advogada e perita Roselle Soglio.

A convite do advogado Roberto Podval, Martins, que chegou a defender Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá logo no início das investigações, em março de 2008, ajuda nessa fase decisiva.

Ele chegou a falar no início da semana que se não tivesse trabalhado no processo e tivesse somente assistido ao que foi televisionado, também tenderia a condenar o casal. (Por Kleber Tomaz)


25 de março de 2010 às 14:46

Público já organiza lista

para assistir a fim do julgamento

julgamentoNardoni606x31A disputa por um lugar no plenário do Tribunal do Júri (TJ) para assistir à sentença do casal Nardoni, acusado de matar a menina Isabella, já começou. As pessoas que estão na fila desde a madrugada desta quinta-feira (25) e que não conseguiram entrar já estão organizando uma lista para definir quem terá direito de entrar na sessão de sexta-feira (26), quando se espera o fim do julgamento de Alexandre Nardoni e de Anna Carolina Jatobá. Até as 14h40 desta quinta, 26 nomes figuravam na lista. Pelas regras do TJ, a cada turno dos depoimentos até 20 pessoas podem ter acesso ao plenário do Fórum de Santana, na Zona Norte. (Por Juliana Cardilli)


25 de março de 2010 às 14:42

‘Foi o pior dia da minha vida’

disse Nardoni, sobre morte de Isabella

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Durante o seu depoimento, Alexandre Nardoni afirmou que o único contato que teve com a Ana Carolina Oliveira, mãe de Isabella, foi junto ao corpo da menina, quando ela chegou no prédio e pergunto para ele o que havia acontecido, na noite de 29 de março de 2008. Em seguida, ele disse que todos seguiram para a Santa Casa de Misericórdia, no Centro, para onde Isabella foi levada.

Alexandre Nardoni chorou bastante quando contou o momento em que a médica confirmou a morte de sua filha. Neste momento, ele disse: “Foi o pior dia da minha vida. Eu perdi tudo de mais valioso. Perdi a noçao do que estava acontecendo”. Depois, completou, ainda chorando muito: “Minha princesinha estava ali e logo eu que lutei tanto por ela desde o começo”.


25 de março de 2010 às 14:34

Ironia de promotor gera

discussão com defesa de Nardoni

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Um comentário irônico do promotor Francisco Cembranelli provocou uma discussão com o advogado de defesa do casal, Roberto Podval, obrigando o juiz Maurício Fossem a intervir e até a repreendê-los. O promotor questionou Alexandre Nardoni se ele havia tentado passar a cabeça pelo buraco na tela da janela da qual Isabella foi jogada na noite de 29 de março de 2008. O pai da menina disse que “não dava”. “A sua cabeça tem meio metro, por acaso?”, perguntou de forma irônica, então, o promotor.

A reação tanto do juiz quanto da defesa foi imediata. “O senhor faça a pergunta de forma objetiva, senão vou indeferi-la”, disse o juiz. “Faça o que é a sua obrigação”, afirmou Podval. O juiz, então, disse que se as partes – acusação e defesa – partissem para xingamento, iria retirar a palavra de ambos. Em seguida, indeferiu a pergunta do promotor. “Pela ironia”, justificou. Em seguida, Nardoni foi questionado se tem conhecimento de que o zelador continua trabalhando no edifício London. “Estou preso há dois anos, não tenho essa informação”, declarou Nardoni. (por Kleber Tomaz)

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